Sem aulas

Duas escolas estaduais são interditadas em Arroio Grande

Problemas elétricos são as principais causas da interdição de ambas instituições

Foto: Rodrigo Chagas - Ascom - Aulas foram suspensas em duas insituições

As duas maiores escolas do Município de Arroio Grande, que concentram cerca de 900 alunos de ensino fundamental, médio e EJA, estão interditadas desde o dia 21 de novembro. Enquanto o Instituto Estadual de Educação Aimone Soares Carriconde teve as aulas presenciais totalmente suspensas, a Escola Vinte de Setembro continua com as atividades de forma improvisada.

A diretora do Instituto Aimone Soares Carriconde, Luciana Freitas, explica que, desde 2012, a escola já se encontra com o auditório interditado por conta de uma rachadura. A interdição, até este ano, era apenas daquele espaço. Agora, problemas elétricos que também já vinham sendo acompanhados foram os principais causadores da interdição. A escola chegou a sofrer apagões por conta das instalações. "É uma escola muito antiga, da década de 50, que nunca passou por uma reforma elétrica geral. Todos os diretores sempre foram tomando medidas paliativas, mas nunca houve um projeto para sanar essa questão elétrica", detalha.

Segundo Luciana, avaliações da 5ª Coordenadoria Regional de Obras Públicas (Crop) estimam que seria necessário investimento de R$ 23 mil para resolver os problemas de forma emergencial e garantir o retorno às atividades presenciais. "Estamos solicitando providências desde que assumimos e agora chegou no limite. Estamos numa luta constante para que seja liberado esse recurso", comenta.

Escola Vinte de Setembro

Na outra instituição interditada, a situação é parecida. Problemas elétricos, somados a problemas estruturais, já haviam causado a interdição da parte superior do prédio principal da escola Vinte de Setembro. Agora, todo o prédio foi interditado. "É um prédio de 1946, com fiação muito antiga, de tecido ainda. Tem infiltrações e problemas estruturais no madeiramento. É uma combinação perigosa", explica a diretora, Claudete Ferreira.

As atividades continuam ocorrendo presencialmente em cinco salas anexas, no pátio da escola. A situação, no entanto, é precária para alunos e servidores. "A gente teve que amontoar literalmente toda a parte administrativa em uma sala enquanto os alunos estão tendo aulas nas outras. É bem complicado trabalhar desse jeito", conta Claudete.

Prejuízos para a educação

No Aimone Soares Carriconde, a última semana de aulas foi realizada de forma remota para os 600 alunos da instituição. Para os próximos dias, que concentram atividades de recuperação, serão utilizadas dez salas emprestadas pelo Município e duas pelo Estado no turno da noite. A medida paliativa encontrada pela equipe, no entanto, está longe de ser ideal. "Lamento esse descaso. Falar de qualidade em educação com escolas fechadas não tem lógica", lamenta Luciana.

Já a diretora do Vinte de Setembro, que tem cerca de 300 alunos, destaca o receio de que os problemas não sejam resolvidos até o início do próximo ano letivo em fevereiro. "O pior de tudo é não ter previsão nenhuma para 2024. Não temos perspectiva de início de obra. Pelo que estamos vendo, ou vamos começar o ano desse jeito ou nem vamos começar", teme. Ambas as diretoras estiveram reunidas na sexta-feira (1º) com a Promotoria de Justiça para discutir o assunto e não foi descartada a possibilidade de mover uma ação contra o Estado.

O que diz o Estado

Ao Diário Popular, a Secretaria Estadual da Educação (Seduc) informou apenas que, no Vinte de Setembro, a intervenção necessária é uma reforma planejada e o projeto está finalizado e em análise para posterior licitação. Já no Aimone Soares Carriconde, a reforma planejada está em fase de elaboração de projeto. Não foram estimados prazos para início das obras nem retomada normal das atividades.



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